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por Reha K. Gerçeker <gerceker(at)itu.edu.tr> Sobre o autor: O Reha é um estudante de engenharia informática em Istanbul, na Turquia. Ela adora a liberdade que o Linux fornece como plataforma de desenvolvimento de software. Ele passa muito do seu tempo à frente do seu computador, escrevendo programas. Ele deseja tornar-se um programador inteligente. num destes dias. Traduzido para Português por: Bruno Sousa <bruno(at)linuxfocus.org> Conteúdo:
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Abstrato:
As Ncurses são uma biblioteca que fornecem o mapeamento para teclas de
função, funç�es de desenho de ecrãs e a possibilidade de utilizar
múltiplas janelas não sobrepostas em terminais à base de texto.
Quer que o seu programa tenha uma interface colorida nos terminais de texto? As Ncurses são uma biblioteca que lhe fornecem funcionalidades de janelas em terminais à base de texto. Coisas de que as ncurses são capazes:
É possível utilizar as ncurses em qualquer sistema UNIX que obedecem à norma ANSI/POSIX. À parte disto, a biblioteca é capaz de detectar propriedades do terminal a partir da base de dados do sistema e agir em conformidade, fornecendo uma interface independente do terminal. Assim as ncurses podem ser utilizadas, fiavelmente, para trabalhos que são supostos trabalhar em plataformas diferentes e em vários terminais.
O Midnight Commander é um dos exemplos escritos com as ncurses. A interface utilizada para a configuração do Kernel é escrita com as ncurses. Pode ver as suas fotografias instantâneas abaixo.
As Ncurses são desenvolvidas sob a GNU/Linux. Para obter a última versão, obtenha informação detalhada e outras ligaç�es relativas às ncurses, visite www.gnu.org/software/ncurses/.
No sentido de utilizar a biblioteca, deve incluir no seu código fonte a curses.h, e tenha a certeza de ligar o seu código à biblioteca das curses. Isto pode ser feito através do parâmetro -lcurses dado ao gcc.
É necessário conhecer a estrutura de dados fundamental, enquanto trabalha com as ncurses. Ou seja a estrutura WINDOW, como se depreende facilmente pelo nome, é usada para representar as janelas que cria. Praticamente todas as funç�es da biblioteca recebem como parâmetro um ponteiro do tipo WINDOW.
Os componentes comuns mais utilizados são janelas. Mesmo que não crie as suas próprias janelas o ecrã é considerado como uma só janela. Como o descritor do tipo FILE, stdout da biblioteca de entrada/saída padrão representa o ecrã (quando não há redirecç�es), as ncurses têm um ponteiro do tipo WINDOW, stdscr que faz o mesmo trabalho. Adicionalmente ao stdsrc, outro ponteiro do tipo WINDOW, com o nome de curscr é definido na biblioteca. O stdsrc representa o ecrã, o cursrc representa o ecrã corrente para a biblioteca. Pode perguntar "Qual é a diferença?" Continue a leitura.
No sentido de utilizar as funç�es ncurses e variáveis nos seus programas, tem de chamar a função initscr. Esta função aloca memória para as variáveis como stdscr, curscr e torna a biblioteca pronta para ser utilizada. Por outras palavras, todas as funç�es das ncurses devem ser precedidas de initscr. Do mesmo modo deve chamar a função endwin quando termina todo o trabalho com as ncurses. Isto liberta a memória utilizada pelas ncurses. Depois de chamar a função endwin não pode utilizar as funç�es das ncurses a não ser que chame novamente a função initscr.
Entre as chamadas à função initscr e a endwin, certifique-se de não enviar dados de saída para o ecrã utilizando as funç�es da biblioteca padrão. Caso contrário, pode obter um ecrã não pretendido e normalmente corrompido. Quando as ncurses estão activas, utilize as suas próprias funç�es para enviar os dados de saída para o ecrã. Antes de chamar a função initsrc e depois de chamar a endwin, pode fazer o que quiser.
A estrutura WINDOW não somente mantém a altura, o comprimento e a posição da janela mas também assegura os conteúdos da janela. Quando escreve para uma janela os conteúdos da janela alteram-se, mas isto não quer dizer que apareçam logo no ecrã imediatamente. No sentido de ter o ecrã actualizado, quer o refresh ou o wrefresh têm de ser invocados.
Aqui está a diferença entre o initscr e o curscr. Enquanto que o curscr guarda os conteúdos do ecrã corrente, o stdscr pode ter informação diferente após as chamadas de output das ncurses. Se quiser que as últimas alteraç�es no stdscr se reflictam no curscr, precisa de chamar o refresh. Por outras palavras a função refresh é a única que lida com o curscr. É recomendável que não mexa no curscr e o deixe para ser actualizado pela função refresh.
A função refresh tem um mecanismo de actualizar o ecrã o mais rápido possível. Quando a função é chamada, só actualiza as linhas que foram alteradas da janela. Isto salvaguarda tempo de CPU, bem como previne o programa de escrever a mesma informação novamente no ecrã. Este mecanismo é a razão pela qual as funç�es das ncurses e as funç�es da biblioteca de entrada/saída padrão podem produzir maus resultados quando utilizadas em conjunto; quando as funç�es das ncurses são chamadas elas alteram o valor de uma flag que diz à função refresh que a linha se alterou, enquanto que com as funç�es da biblioteca de entrada/saída padrão nada disto se passa.
As funç�es refresh e wrefresh, basicamente, fazem o mesmo. A função wrefresh recebe por parâmetro um ponteiro do tipo WINDOW e refresca somente os conteúdos dessa janela. refresh() é equivalente a wrefresh(stdscr). Como mencionarei mais tarde, assim como a função wrefresh a maioria das funç�es das ncurses têm macros que aplicam estas modificaç�es ao stdscr.
Falemos agora acerca da subwin e da newwin, as funç�es que criam novas janelas. Ambas recebem por parâmetro a altura, o comprimento, as coordenadas do canto esquerdo superior da nova janela. Retornam um ponteiro do tipo WINDOW que representa a nova janela. Pode utilizar este novo ponteiro com a função wrefresh e outras que falarei mais tarde.
"Se fazem o mesmo, porquê duplicar as funç�es?" poderá estar a questionar-se. Você tem razão, elas são um pouco diferentes. A função subwin cria uma nova janela como sendo uma sub-janela de outra. Uma janela criada deste modo, herda propriedades da janela mãe. Estas propriedades podem ser mais tarde alteradas sem afectar a janela mãe.
Apesar disto, há uma coisa que une a janela mãe à janela filha. A tabela de caracteres que mantém os conteúdos de uma janela é partilhado entre as janelas mãe e filha. Por outras palavras, os caracteres na intersecção das duas janelas, pode ser alterado por qualquer uma delas. Se a janela mãe escreve para tal espaço, o conteúdo da janela filha é também alterado. O inverso também se aplica.
Ao contrário da função subwin, a função newwin cria verdadeiramente uma nova janela. Tal janela, a não ser que possua as suas próprias sub-janelas, não partilha a sua tabela de caracteres com outra janela. A vantagem de utilizar a função subwin é que a utilização de uma tabela de caracteres partilhada usa menos memória. Contudo, quando janelas escrevem umas por cima das outras, a utilização da função newwin traz as suas próprias vantagens.
Pode criar as suas próprias janelas em qualquer profundidade. Qualquer sub-janela pode ter as suas próprias sub-janelas, mas tenha em mente que a mesma tabela de caracteres é partilhada por mais do que duas janelas.
Quando não precisar mais da janela que criou, pode apagá-la utilizando a função delwin. Sugiro que consulte as páginas man para a lista de parâmetros destas funç�es.
Falámos acerca do stdscr, do curscr, refrescar o ecrã e criar novas janelas. Mas então, como é que escrevemos para uma janela? Ou como é que lemos dados de uma janela?
As funç�es utilizadas para este propósitos assemelham-se às funç�es correspondentes da biblioteca de entrada/saída padrão. Entre estas funç�es estão a printw em vez da printf, a scanw em vez da scanf, a addch em vez da putc ou a putchar, getch em vez da getc ou getchar. São utilizadas como normalmente, só os seus nomes são diferentes. Semelhantemente, a função addstr podia ser utilizada para escrever uma string para uma janela e a função getstr para ler uma string de uma janela. Todas estas funç�es com uma letra 'w' adicionada à frente do seu nome e que recebem como primeiro parâmetro um ponteiro do tipo WINDOW, fazem o seu trabalho numa janela diferente da stdscr. Por exemplo, printw e wprintw(stdsrc, ...) são equivalentes, tal e qual como refresh e wrefresh(stdscr).
Seria uma história muito comprida, entrar nos detalhes destas funç�es. As páginas mansão a melhor fonte para aprender as suas descriç�es, protótipos, valores de retorno e outras notas. Sugiro que verifique as páginas man para cada função que usar. Elas oferecem informação detalhada e valiosa. A última secção deste artigo, onde apresento um programa de exemplo pode também servir de tutorial em como utilizar estas funç�es.
É preciso explicar os cursores físicos e lógicos depois de falar em como escrever e ler das janelas. O cursor físico é o cursor habitual que pisca no ecrã e, só existe um cursor físico. Por outro lado, os cursores lógicos pertencem às ncurses e cada janela tem um deles. Assim podem existir vários cursores lógicos.
O cursor lógico está na posição da janela onde se iniciará o processo de leitura ou escrita. Assim, sendo capaz de mover o cursor lógico significa que pode escrever em qualquer sítio do ecrã e em qualquer altura. Isto é uma vantagem das ncurses sob a biblioteca de entrada e saída padrão.
A função que move o cursor lógico é a move ou como pode advinhar a wmove. A função move é uma macro da wmove, escrita para o stdscr.
Outra matéria é a coordenação dos cursores lógicos e físicos. A posição do cursor físico terminará após um processo de escrita e é determinada pela flag _leave que existe na estrutura WINDOW. Se a flag _leave está activada o cursor lógico é movido para a posição do cursor físico (onde o último caracter é escrito) após o térmio da escrita. Se a flag _leave não está definida, o cursor físico regressa à posição do cursor lógico (onde o primeiro caracter é escrito) após o térmio da escrita. A flag _leave é controlada pela função leaveok.
A função que move o cursor físico é a mvcur. Ao contrário de outras, a função mvcur tem efeito imediato e não após o próximo refrescamento. Se quiser que o cursor físico seja invisível, então use a função curs_set. Verifique as páginas man para os detalhes.
Existem, também macros, que combinam as funç�es de escrita e movimento, descritas acima numa só chamada. São explicadas, de um modo simpático, nas mesmas páginas man que as funç�es addch, addstr, printw, getch, getstr, scanw, etc.
A escrita para janelas está feita. Mas como é que limpamos as janelas, as linhas, ou os caracteres?
Limpar nas ncurses significa preencher o quadrado, a linha ou os conteúdos da janela com espaços brancos. As funç�es que eu explicarei abaixo, preenchem os espaços necessários com espaços brancos e limpam, assim o ecrã.
Primeiro, falemos de funç�es que limpam um caracter ou uma linha. As funç�es delch e wdelch apagam o caracter que está sobre o cursor lógico da janela e reposicionam os caracteres que se seguem na mesma linha. A função deleten e wdeleteln apagam a linha onde está posicionada o cursor lógico e move para cima todas as linhas seguintes.
As funç�es clrtoeol e wclrtoeol apagam todos os caracteres na mesma linha à direita do cursor lógico. As funç�es clrtobot e wclrtobot primeiro chamam a função wclrtoeol para apagar todos os caracteres à direita da cursor lógico e depois apagam todas as linhas seguintes.
Outras, além destas, limpam todo o ecrã ou toda uma janela. Existem dois métodos para limpara todo um ecrã. O primeiro é preencher todo um espaço com espaços brancos e chamar a função refresh e o outro é utilizar um código de controle, incorporado de terminal. O primeiro método é mais lento que o segundo pois requer que todos espaços no ecrã sejam rescritos, enquanto que o segundo limpa o ecrã imediatamente.
A função erase e werase preenchem o vector de caracteres de uma janela com espaços brancos. No próximo refrescamento, a janela é limpa. Contudo, se a janela a ser limpa preenche todo o ecrã, não é lá muito inteligente utilizar estas funç�es. Elas utilizam o primeiro método descrito acima. Quando a janela a ser limpa é do tamanho do ecrã, tem vantagem utilizar as funç�es abaixo.
Antes de passar a outras funç�es, é tempo de mencionar a flag _clear. Existe na estrutura WINDOW e se estiver activada, pede à função refresh para enviar um código de controle ao terminal quando é chamada. Quando chamada, a função refresh verifica se a janela é do tamanho do ecrã (utilizando a flag _FULLWIN) e se for limpa o ecrã com um método incorporado de terminal. Só escreve caracteres em vez dos espaços brancos no ecrã. Isto torna a limpeza de todo o ecrã mais rápida. A razão porque o método de terminal é só utilizada para janelas que preenchem todo o ecrã é que o código de controle de terminal limpa todo o ecrã e não somente e janela. A flag _clear é controlada pela função clearok.
As funç�es clear e wclear são utilizadas para limpar janelas do tamanho do ecrã. De facto, estas funç�es são equivalentes a chamar a função werase e clearok. Primeiro preenchem o vector de caracteres da janela com espaços brancos. Depois, definindo flag _clear, elas limpam o ecrã utilizando o método incorporado de terminal se a janela é do tamanho do ecrã ou refrescam todos os espaços da janela preenchendo-a com espaços brancos.
Como resultado, se souber que a janela a ser limpa ocupa todo o ecrã então utilize a função clear ou wclear. Produz o resultado mais rápido. Contudo, não existe diferença em utilizar a função wclear ou werase quando a janela não é do tamanho do ecrã.
As cores que vê no ecrã devem ser pensadas como pares de cores. Isto porque cada quadrado tem uma cor de fundo e de frente. Escrever cores com as ncurses significa criar os seus próprios pares de cores e utilizá-los para escrever para uma janela.
Assim como o initscr precisa de ser chamado para iniciar as ncurses, a função start_color precisa de ser chamada para inicializar as cores. A função que precisa para criar o seu par de cores é a init_pair. Quando cria um par de cores com a função init_pair, este par fica associado ao número que deu à função como primeiro parâmetro. Assim, sempre que se quiser utilizar este par, refere-se a ele chamando o COLOR_PAIR com o respectivo número associado.
Para além de criar os pares de cores, precisa de ter funç�es que escrevam com um par de cor diferente. Isto faz-se através das funç�es attron e wattron. Estas funç�es, até que a função attroff ou a wattroff sejam chamadas, fazem com que tudo seja escrito na janela correspondente com a cor do par que escolheu.
Existem, também as funç�es bkgd e wbkgd que alteram o par da cor que está associado a uma janela inteira. Quando chamadas, alteram as cores de fundo e frente de todos os espaços da janela. Ou seja, no próximo refrescamento, todos os espaços da janela são rescritos com o novo par de cores.
Veja as páginas man acerca das cores disponiveis e dos detalhes das funç�es mencionadas aqui.
Você cria caixas à volta das suas janelas para criar um bom visual aso seu programa. Existe uma macro na biblioteca chamada box que o faz por si. Ao contrário de outras a função/macro wbox não existe; a box recebe como parâmetro um ponteiro do tipo WINDOW.
Pode encontrar facilmente os detalhes da função box nas páginas man. Há algo mais que deve ser mencionado. Pôr uma janela dentro de uma caixa significa, simplesmente, escrever os caracteres necessários para o vector de caracteres da janela e que corresponde aos limites de fronteiras. Se, mais tarde escrever para tais fronteiras, a caixa pode ficar corrompida. Para se prevenir disto, você cria uma janela interna, dentro da janela original com a função subwin, ponha a janela original numa caixa e utiliza a janela interna para escrever para a janela quando for necessário.
No sentido de poder utilizar as teclas de função, a flag _use_keypad deve ser activada na janela de onde está a obter os dados. keypad é a função que define o valor de _use_keypad. Quando define o valor de _use_keypad, pode obter dados do teclado com as funç�es de entrada de dados, normalmente.
Neste caso, se por exemplo, utilizar a função getch para obter dos dados deve ter cuidado para guardar os dados numa variável do tipo int em vez de uma variável do tipo char. Isto é assim porque os valores numéricos das teclas de função são superiores aqueles que uma variável do tipo char pode suportar. Não precisa de saber estes valores numéricos das teclas de função, utilize em vez dos números os nomes definidos na biblioteca. Estes nomes estão listados na página man da função getch.
Vamos agora analisar um programa simples e simpático. Neste programa, criam-se menus utilizando as ncurses e a selecção de uma opção do menu é demonstrada. Um aspecto interessante deste programa é a utilização das janelas ncurses para gerar o efeito de menu. Pode ver a sua fotografia abaixo.
O programa começa com ficheiro header incluídos, como é habitual. Depois definimos as constantes que são os valores ASCII das teclas enter e escape.
#include <curses.h> #include <stdlib.h> #define ENTER 10 #define ESCAPE 27
A função abaixo é a primeira a ser chamada quando o programa corre. Primeiro chama a função initscr para inicializar as ncurses e a função start_color para tornar o uso das cores possíveis. Os pares de cores que serão utilizados no programa são definidos logo de seguida. A função curs_set(0) torna o cursor físico invisível. A função noecho impede que os dados introduzidos através do teclado sejam apresentados no ecrã. Pode também utilizar a função noecho para controlar a entrada de dados através do teclado e apresentar somente as partes que deseja apresentar. A função echo deve ser chamada quando é necessário eliminar o efeito de noecho. A função abaixo chama por fim a função keypad para activar as teclas de função quando obtendo dados de entrada a partir do stdscr. Isto é necessário visto utilizarmos as teclas F1, F2 e os cursores mais tarde no programa.
void init_curses() { initscr(); start_color(); init_pair(1,COLOR_WHITE,COLOR_BLUE); init_pair(2,COLOR_BLUE,COLOR_WHITE); init_pair(3,COLOR_RED,COLOR_WHITE); curs_set(0); noecho(); keypad(stdscr,TRUE); }
A próxima função cria a barra de menu que aparece no topo do ecrã. Pode verificar a função main abaixo e verificar que a barra de menu que aparece como uma só linha no topo do ecrã é de facto definido como uma só linha de uma sub-janela do stdscr. A função abaixo recebe como parâmetro o ponteiro para essa janela, altera em primeiro lugar a cor de fundo e depois escreve o nome dos menus. Utilizamos a função waddstr para escrever os nomes dos menus, outra função poderia ter sido utilizada. Preste atenção às chamadas da função wattron que são usadas para escrever com um par de cor diferente (número 3) em vez de utilizar o par com a cor por omissão (número 2). Lembre-se que o par número 2 foi definido como sendo o par por omissão na primeira linha através da função wbkgd. A função wattroff é chamada quando queremos alterar o par com a cor por omissão.
void draw_menubar(WINDOW *menubar) { wbkgd(menubar,COLOR_PAIR(2)); waddstr(menubar,"Menu1"); wattron(menubar,COLOR_PAIR(3)); waddstr(menubar,"(F1)"); wattroff(menubar,COLOR_PAIR(3)); wmove(menubar,0,20); waddstr(menubar,"Menu2"); wattron(menubar,COLOR_PAIR(3)); waddstr(menubar,"(F2)"); wattroff(menubar,COLOR_PAIR(3)); }
A próxima função desenha os menus quando as teclas F1 e F2 são premidas. Para criar o efeito de menu uma nova janela com a mesma cor branca que a barra de menu é criada por cima da janela azul que faz de fundo. Não queremos que esta nova janela sobreponha os caracteres escritos na parte de fundo. Devem permanecer lá até que o menu seja fechado. Esta é a razão pela qual a janela de menu não pode ser criada como uma sub-janela do stdscr. Como verá abaixo, os itens[0] da janela são criados com a função newwin e os outros 8 itens são criados como sub-janelas dos itens[0]. Aqui os itens[0] são utilizados para desenhar uma caixa à volta do menu e os outros itens de janelas são utilizados para mostrar o item seleccionado no menu, bem como para não sobrepor os caracteres à volta da caixa do menu. Para fazer com que um item de menu pareça seleccionado , basta tornar a sua cor de fundo diferente do resto dos itens. É o que é feito ma terceira linha a contar do topo; a cor de fundo do primeiro item é tornada diferente das outras, assim quando o menu de pop up aparece é o primeiro item que é seleccionado.
WINDOW **draw_menu(int start_col) { int i; WINDOW **items; items=(WINDOW **)malloc(9*sizeof(WINDOW *)); items[0]=newwin(10,19,1,start_col); wbkgd(items[0],COLOR_PAIR(2)); box(items[0],ACS_VLINE,ACS_HLINE); items[1]=subwin(items[0],1,17,2,start_col+1); items[2]=subwin(items[0],1,17,3,start_col+1); items[3]=subwin(items[0],1,17,4,start_col+1); items[4]=subwin(items[0],1,17,5,start_col+1); items[5]=subwin(items[0],1,17,6,start_col+1); items[6]=subwin(items[0],1,17,7,start_col+1); items[7]=subwin(items[0],1,17,8,start_col+1); items[8]=subwin(items[0],1,17,9,start_col+1); for (i=1;i<9;i++) wprintw(items[i],"Item%d",i); wbkgd(items[1],COLOR_PAIR(1)); wrefresh(items[0]); return items; }
A próxima função apaga, simplesmente, a janela de menu criada pela função acima. Apaga primeiro os itens da janela com a função delwin e depois liberta a memória dos ponteiros do tipo item.
void delete_menu(WINDOW **items,int count) { int i; for (i=0;i<count;i++) delwin(items[i]); free(items); }
A função scroll_menu permite-nos fazer scroll entre e dentro dos menus. Lê as teclas primidas no teclado com a função getch. Se os cursores baixo, cima são premidos então os itens abaixo ou em cima são seleccionados. Isto é feito, como se recorda, tornando a cor de fundo do item seleccionado diferente do resto. Se os cursores direita, esquerda são premidos então o menu aberto é fechado e aberto outro. Se a tecla enter for pressionada, então o item seleccionado é retornado. Se a tecla ESC é premida, os menus são fechados sem que seja seleccionado algum item. A função ignora outras teclas de entrada. Nesta função o getch é capaz de ler as teclas de cursor a partir do teclado. Permita-me que o lembre que isto é possível visto que a primeira função init_curses chama keypad(stdsrc, TRUE) e os valor de retorno da função getch é mantido numa variável inteira, em vez de numa variável do tipo char, pois os seus valores são para além dos valores suportados por uma variável do tipo char.
int scroll_menu(WINDOW **items,int count,int menu_start_col) { int key; int selected=0; while (1) { key=getch(); if (key==KEY_DOWN || key==KEY_UP) { wbkgd(items[selected+1],COLOR_PAIR(2)); wnoutrefresh(items[selected+1]); if (key==KEY_DOWN) { selected=(selected+1) % count; } else { selected=(selected+count-1) % count; } wbkgd(items[selected+1],COLOR_PAIR(1)); wnoutrefresh(items[selected+1]); doupdate(); } else if (key==KEY_LEFT || key==KEY_RIGHT) { delete_menu(items,count+1); touchwin(stdscr); refresh(); items=draw_menu(20-menu_start_col); return scroll_menu(items,8,20-menu_start_col); } else if (key==ESCAPE) { return -1; } else if (key==ENTER) { return selected; } } }
Por último há a função main. Utiliza todas as funç�es que descrevi em cima e que fazem com que o programa trabalhe devidamente. Lê também as teclas premidas com a função getch e se a tecla F1 ou a F2 é premida, desenha o janela de menu correspondente com a função draw_menu. Após isto chama a função scroll_menu e deixa o utilizador fazer uma selecção a partir dos menus. Após o retorno da função scroll_menu apaga as janelas de menu e imprime o item seleccionado na barra de mensagem.
Devia mencionar a função touchwin. Se a função refresh fosse chamada sem a touchwin após os menus serem fechados, o último menu aberto teria ficado no ecrã. Isto é assim porque as funç�es de menu não alteram a stdsrc de nenhum modo, quando a função refresh é chamada. Não escreve por cima de nenhum caracter da stdsrc pois assume que a janela não se alterou. A função touchwin define todas as flags na estrutura da WINDOW o que diz para refrescar todas as linhas da janela que se alteraram e assim, até ao próximo refrescamento toda a janela tem de ser rescrita mesmo que os conteúdos da janela não se tenham alterado. A informação escrita na stdsrc permanece lá após o fecho dos menus visto que estes não escrevem por cima do stdsrc mas por cima de novas janelas.
int main() { int key; WINDOW *menubar,*messagebar; init_curses(); bkgd(COLOR_PAIR(1)); menubar=subwin(stdscr,1,80,0,0); messagebar=subwin(stdscr,1,79,23,1); draw_menubar(menubar); move(2,1); printw("Press F1 or F2 to open the menus. "); printw("ESC quits."); refresh(); do { int selected_item; WINDOW **menu_items; key=getch(); werase(messagebar); wrefresh(messagebar); if (key==KEY_F(1)) { menu_items=draw_menu(0); selected_item=scroll_menu(menu_items,8,0); delete_menu(menu_items,9); if (selected_item<0) wprintw(messagebar,"You haven't selected any item."); else wprintw(messagebar, "You have selected menu item %d.",selected_item+1); touchwin(stdscr); refresh(); } else if (key==KEY_F(2)) { menu_items=draw_menu(20); selected_item=scroll_menu(menu_items,8,20); delete_menu(menu_items,9); if (selected_item<0) wprintw(messagebar,"You haven't selected any item."); else wprintw(messagebar, "You have selected menu item %d.",selected_item+1); touchwin(stdscr); refresh(); } } while (key!=ESCAPE); delwin(menubar); delwin(messagebar); endwin(); return 0; }
Se copiar o código para um ficheiro chamado example.c e remover todas as minhas explicaç�es, pode compilar o código com
gcc -Wall example.c -o example -lcurses
e teste o programa. Pode também fazer download do código abaixo na secção das referências.
Falei acerca das bases das ncurses que são suficientes para criar uma boa interface para o seu programa. Contudo, as capacidades da biblioteca não estão limitadas ao que aqui expliquei. Descobrirá imensas outras coisas nas páginas man, que tantas vezes lhe pedi para ler e, compreenderá que a informação apresentada aqui é só uma introdução.
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